Getting your Trinity Audio player ready... |
Espanha é, sem dúvida, um país rico em história, cultura e tradições. Mas, cada vez mais, um país de modernidade e progresso económico. As suas cidades apresentam especificidades que as distinguem e as caracterizam. Mas, afinal, o que une e separa as regiões e cidades espanholas? E o que poderemos dizer, de forma geral, sobre o território espanhol? Vejamos.
Dados gerais da Espanha
Sites oficiais, nomeadamente da União Europeia ou da Embaixada de Portugal em Espanha, auxiliados por outras plataformas de estatística, atualizadas ao minuto, como o countrymeters, indicam-nos os dados gerais da Espanha:
Designação oficial: Reino de Espanha;
Área geográfica: 505.983 km²;
População de Espanha: 46.316.700 milhões (dados countrymeters, a 13 de junho de 2024);
População ativa: 21.250.000 (2024);
Imigrantes a residir no país: 7.534.513 (2022);
Densidade demográfica (hab./km2): 93,83 (2024);
Capital: Madrid (3.332.035 habitantes, tendo a zona metropolitana 5.030.132 habitantes);
Comunidades Autónomas Espanholas: Andaluzia, Catalunha, Comunidade de Madrid, Comunidade Valenciana, Galiza, Castela e Leão, País Basco, Canárias, Castilla-La Mancha, Região de Múrcia, Aragão, Estremadura, Principado de Astúrias, Baleares, Navarra, Cantábria, La Rioja;
Religião predominante: Católica;
Língua oficial: Castelhano (existem mais 3 idiomas no país: o euskera, o galego e o catalão);
Moeda: Euro;
Fronteiras: Com Portugal a oeste e noroeste, e com França, a norte e nordeste.
A população espanhola não se encontra distribuída de forma equitativa por todo o território, localizando-se, sobretudo, nas grandes cidades de Espanha: cerca de 77% da população localiza-se nas grandes cidades do país e respetivas áreas metropolitanas. Em sentido contrário, várias são as localidades do interior que sofrem com um perigo real de desertificação.
História da Espanha
Ao que tudo indica, Espanha terá uma história com centenas de milhares de anos, tendo sido ocupada por diversos povos e sendo-lhe atribuído, oficialmente, o nome “Espanha”, apenas com a Constituição de 1876.
Pré-História e Antiguidade: as pinturas rupestres de Altamira evidenciam a presença humana na Península Ibérica na Pré-História. É nesta época que começamos a ter a presença humana no território e por volta de 3.700 a.C., que aparecem a cultura megalítica e a agricultura. Posteriormente, na Hispânia pré-romana, o território assistiu à sua ocupação por vários povos, entre os quais as tribos ibéricas e celtas, que deram depois lugar a colonizadores fenícios, gregos e cartagineses.
Período Romano: no século III a.C, a Península Ibérica assistiria à ocupação e conquista romana, sendo chamada de Hispânia. Com os romanos, o desenvolvimento do território foi notável, sendo criadas infraestruturas, estradas e urbanizações. Propagou-se a cultura, as leis romanas e a língua latina. O processo de romanização duraria até ao século III. Entre os idiomas falados em Espanha, apenas o basco não tem a sua origem no latim vulgar.
Idade média: com a queda do Império Romano, a Península Ibérica seria dominada por diversos povos germânicos, nomeadamente os visigodos.
Já em 711, os muçulmanos invadiram a Península Ibérica e estabeleceram o califado de Córdoba. Neste período, registaram-se avanços na ciência, medicina e filosofia e um florescimento cultural e económico.
A partir do séc. VIII, deu-se a reconquista cristã, com os reinos do Norte a começarem a reconquistar territórios: este processo apenas terminou em 1492, com a captura de Granada pelos reis católicos, Fernando e Isabel.
Idade moderna: marcada pela união dos reinos de Castela e Aragão, pelos reis católicos. Além disso, em 1492, Cristóvão Colombo descobriu a América, o que, sabemos, desencadeou um vasto império colonial. Nos séculos XVI e XVII, Espanha tornou-se numa das potências mais influentes do mundo, abrangendo o seu império parte considerável das Américas, Filipinas, partes de Itália, Países Baixos e outros territórios.
O declínio viria a verificar-se no final do século XVII, consequência de guerras, despesas excessivas e má administração. A dinastia Bourbon subiu ao trono espanhol no seguimento da Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714).
Idade contemporânea: Entre os séculos XIX e XX, reinou a instabilidade no território espanhol. No início do séc. XIX, Espanha perderia grande parte das suas colónias americanas. Além disso, a invasão napoleônica e a Guerra Peninsular exponenciariam essa mesma instabilidade.
Foi, ainda, entre estes dois séculos, que sucederam conflitos internos, mudanças de regime e a guerra civil (1936-1939), que resultou na vitória dos nacionalistas, liderados por Francisco Franco. Foi instaurada a ditadura no país até ao ano da morte do líder referido, em 1975. A transição para a democracia culminou na adoção da Constituição de 1978.
Hoje, Espanha configura-se como uma monarquia constitucional, membro da União Europeia, tendo uma economia forte e diversificada e uma herança cultural e histórica respeitável.
Onde fica a Espanha?
A Espanha situa-se, a par com Portugal, no sudoeste europeu e na Península Ibérica. Faz fronteira com Portugal, a oeste e noroeste, e com França, a norte e nordeste, possuindo uma costa extensa, com mais de 8000 quilómetros, que se apresenta tanto a norte, como a este e sul.
Por outro lado, Espanha possui dois arquipélagos: o das ilhas Baleares, formado por 2 grupos de ilhas (o das ilhas Gimnésias e o das Pitiusas). No primeiro encontram-se as ilhas de Maiorca, Menorca, Cabrera (entre outras) e no segundo encontramos Ibiza, Formentera e outras de menor dimensão como a Conejera; e o das ilhas Canárias, composto por 7 ilhas principais, nomeadamente Tenerife, La Palma, Gran Canária, etc. Se o primeiro arquipélago se localiza no mar mediterrâneo, em frente à costa da Catalunha, o segundo encontra-se no oceano Atlântico.
O território espanhol é, portanto, banhado pelo Oceano Atlântico (oeste e parcialmente a norte e sul) e pelo mar Mediterrâneo (leste e sul), mas também pelo mar Cantábrico (a norte).
Cabe referir que fazem, ainda, parte do território espanhol, duas cidades no norte de África: Ceuta e Melilha.
Diferença do fuso horário da Espanha para o Brasil
A diferença de horário entre a Espanha e o Brasil, dependerá não só do fuso horário espanhol que estiver em causa, como da época do ano e de estar em vigor o horário de verão ou de inverno e, ainda, do fuso horário no Brasil (que tem também diferentes fusos horários dentro do país). Consideraremos, portanto, a diferença de horário entre Madrid e Brasília, para apurar a diferença supra indicada: no horário de inverno, a diferença será de 4 horas, enquanto no horário de verão, aumentará para 5 horas de diferença. Exemplificando, no inverno, às 10:00h de Brasília, serão 14:00h em Madrid, enquanto no verão, serão 15h na capital espanhola.
Como referimos, a Espanha tem dois fusos horários distintos, o horário continental e o horário do Arquipélago das Ilhas Canárias. O primeiro, é partilhado com a Europa Central, sendo portando de +1 GMT. No segundo, os relógios estão alinhados com os da Europa Ocidental, portanto de +0 GMT. No horário de verão, no entanto, o primeiro é alterado para +2 GMT e o segundo para +1 GMT. Isto é o mesmo que dizer que, no Arquipélago das Ilhas Canárias os relógios estão 1 hora atrasados em relação ao restante território espanhol. O território brasileiro rege-se por 4 fusos horários distintos, sendo o oficial o de Brasília, que se situa em -3 GMT.
Posição geográfica da Espanha para o mundo e para os brasileiros
Espanha constitui, a par com Portugal, “uma porta” para a Europa, com uma localização privilegiada no continente europeu. É o país Europeu que se encontra mais perto de África, estando, no ponto mais próximo de Marrocos, a cerca de apenas 15 km de distância do mesmo (poderá atravessar de barco ferry, em sensivelmente 30 minutos). Não será, no entanto, propriamente errado dizer que Espanha se encontra a 0 km de Marrocos, já que Ceuta e Melilha, duas cidades contíguas ao referido país, são território espanhol.
Em relação ao Brasil, Espanha não está muito distante. São Paulo e Madrid estão separados por 6976km, o que significa, num voo sem escalas, cerca de 8:45h. Entre a mesma cidade espanhola e o Rio de Janeiro, a viagem de avião, em termos semelhantes, dura cerca de 10:30h, enquanto para o Rio Grande do Sul dura 10h, e 12:30h entre a capital espanhola e Brasília.
A Espanha continental está situada no sudoeste da Europa, na parte da Europa Ocidental, e pertence à Península Ibérica. Faz fronteira com a França a norte e a nordeste, com Portugal a oeste e noroeste, com o oceano atlântico a norte, e a sul e a leste pelo mar Mediterrâneo.
Além do seu território continental, Espanha conta com dois arquipélagos: o das Ilhas Canárias e o das Ilhas Baleares. O primeiro localiza-se na costa noroeste de África e, já o dissemos, é um dos destinos mais procurados por turistas, enquanto o segundo ocupa uma posição central no mar mediterrâneo.
Por fim, no que ao fuso horário diz respeito, os relógios espanhóis encontram-se alinhados com os da Europa Central, Dinamarca, Noruega e Suécia, e até da Algéria (expusemos supra a diferença horária para com o Brasil).
Em Espanha, muito se debate sobre se não seria correto voltarem a ter uma hora a menos, depois de em 1940, Franco ter alterado a hora, num gesto de simpatia com a Alemanha de Hitler.
Dados e informações sobre o clima na Espanha
Uma boa notícia: na generalidade do território espanhol, as temperaturas são moderadas (comparativamente com outros países europeus), embora as estações do ano se façam sentir.
Embora o ditado diga que “em abril, águas mil”, a verdade é que a primavera e o verão em Espanha são estações do ano com muitas horas de sol (não tivesse o país cerca de 3000 horas de sol por ano). As temperaturas médias na primavera, no país, oscilam entre os 15ºC e os 22ºC. Há quem diga que é a estação perfeita, já que permite fazer todo o tipo de atividades ao ar livre com temperaturas agradáveis, ou simplesmente desfrutar da natureza, especialmente encantadora nessa época. Já no verão, é muito comum as temperaturas estarem, em várias regiões de Espanha, acima dos 30ºC durante o dia e acima dos 20ºC durante a noite. Espanha, tem, no entanto, inúmeras zonas de praias fantásticas, como sejam, nomeadamente, Barcelona, Málaga, Valência, Ibiza, entre outras. Se preferir, no entanto, zonas um pouco mais frescas nesta época, a Galiza ou as Astúrias podem afigurar-se como excelentes escolhas, onde poderá encontrar temperaturas a rondar os 22º, mesmo durante o dia.
O outono e o inverno, embora Espanha não seja um país muito chuvoso, são meses mais frios, com temperaturas médias entre os 6ºC e 7ºC no inverno, e que podem chegar a temperaturas negativas em alguns pontos do país. São, ainda assim, raras as localidades onde cairá neve. Por outro lado, o outono pode ser uma excelente oportunidade para passear nos parques públicos que existem por todo o país e contemplar os tons acastanhados e alaranjados próprios da época. No outono, a temperatura média é de cerca de 15ºC em Espanha, e os dias são ainda bastante ensolarados, não invalidando que, mais para o final da estação, possa assistir-se à queda de neve nos pontos mais altos (por exemplo na Serra Nevada).
É por isso possível, em Espanha, viver num território com temperaturas amenas, mas também aproveitar o calor na época de verão e, no inverno, um frio razoável, mas que já permitirá, se assim quiser, desfrutar de neve e da beleza típica da época.
Quais são as principais cidades da Espanha?
Madrid
A capital espanhola oferece uma panóplia de serviços, acesso à cultura, educação e saúde, ao nível de poucas cidades europeias. E não falta o que visitar (desde o museu do Prado ao Parque do Retiro), nem uma excelente gastronomia, nomeadamente com o “cocido madrileño” ou uns churros de chocolate. Não faltam, ainda, empresas de grande dimensão, que podem constituir excelentes oportunidades de emprego, tais como a L’Oréal, a Airbus, Huawei, Bosch, entre muitas outras. Pode, no entanto, não ser uma tarefa tão fácil a de encontrar casa a bom preço (os preços na cidade de Madrid são, no geral, altos), embora os salários na cidade sejam, por norma, robustos. Sendo uma cidade central, conseguirá visitar várias cidades a menos de 2h de distância de Madrid: Valência, Salamanca, Segóvia, Toledo, entre outras. Para sentir verdadeiramente a essência de Madrid, nada como as Festas de S. Isidro, que revelarão as tradições mais profundas da cidade: o dia comemorativo é o 15 de maio mas, por norma, as celebrações começam nos dias anteriores.
Barcelona
A capital da Catalunha, onde não raras vezes ouvirá falar o catalão, é das cidades mais cosmopolitas e multiculturais da Europa. Em Barcelona respira-se modernidade, desde a arquitetura aos serviços, lojas e empresas na cidade. É um dos principais centros económicos de Espanha e, embora viva muito do turismo, é também um excelente local para o desenvolvimento de startups e inovação tecnológica. Além disso, é uma cidade muito completa: tem as melhores praias, banhadas pelo mar mediterrâneo, excelentes serviços, transportes, é segura apesar de todo o movimento diário na cidade, bons serviços de saúde e educação. Não pode visitar a cidade sem provar o “Pa amb Tomaquet” ou a “crema catalana”. Nem tão pouco sem visitar o Parque Guell ou a Sagrada Família, emblemáticos da cidade. Embora viver na cidade possa, a vários níveis, ser uma experiência de sonho, tal como ocorre em Madrid, o custo de vida poderá ser alto e o arrendamento a pagar com a casa também, principalmente nos bairros centrais da cidade. Se planeia morar em Barcelona, saiba ainda que poderá usufruir do Festival de La Mercè (que celebra a padroeira da cidade) e do Primavera Sound (um dos maiores festivais de música da Europa).
Sevilha
A capital da região da Andaluzia é um verdadeiro tratado sobre a história e cultura espanholas. Cidade mãe do Flamenco, dança característica do país, possui uma das mais antigas e prestigiadas universidades de Espanha, a Universidade de Sevilha. A Plaza de Espanha de Sevilha é, também, um postal muito característico. Pode ser uma excelente opção para morar: não tendo a dimensão de Barcelona e Madrid, pode ter um pouco menos de movimento (embora receba, também, milhares de turistas todos os meses), e um custo de vida mais baixo. Uma desvantagem: os verões são muito quentes, ultrapassando, em vários dias os 40ºC. Para combater o calor, poderá provar um “salmorejo” (sopa fria de tomate e pão), típico da cidade.
Ainda assim, Sevilha, que combina uma história riquíssima, uma cultura vibrante e um estilo de vida muito animado, começa, também, a afirmar-se como um centro de inovação, com destaque para o Parque Científico e Tecnológico Cartuja.
Valência
A terceira maior cidade espanhola revela-se muito atrativa, desde o seu clima mediterrâneo (com verões quentes e invernos suaves), às suas fantásticas praias. A cidade é sede de várias instituições de ensino superior, nomeadamente da Universidade de Valência e da Universidade Politécnica de Valência (conhecidas, ambas, pela sua excelência acadêmica). A qualidade do ensino, aliada às características da cidade, levam centenas de estudantes europeus a escolhê-la como local para fazerem Erasmus (intercâmbio).
Os preços e o custo de vida podem estar um pouco inflacionados pelo turismo, embora não seja tão cara como Madrid e Barcelona. Se deseja morar em Valência, saiba que todos os anos, decorre a “Tomatina”, muito associada à cidade: nesta festa, todos os participantes atiram tomates, numa gigantesca batalha. As ligações, ao nível de transportes, são excelentes com toda a Espanha, dispondo ainda de aeroporto, e porto no mediterrâneo. A cidade ganhou um cunho futurista desde que passou a funcionar o complexo que alberga a Cidade das Artes e das Ciências.
Uma vez em Valência, não pode deixar de provar a “Paella”, um dos pratos mais famosos de Espanha e típico desta região.
A cidade consegue aliar um estilo de vida urbano, a uma maior tranquilidade do que a que encontrará nas maiores cidades e a uma mistura perfeita entre tradição e modernidade.
Vigo
A cidade de Vigo foi colocada, recentemente, em 1º lugar num inquérito feito pela OCU (Organização de Consumidores e Utilizadores de Espanha) a cidadãos das 15 maiores cidades espanholas no que respeita à qualidade de vida. Estes cidadãos consideram, por isso, que a cidade de Vigo leva a melhor nas variáveis de educação e saúde, mobilidade, segurança pública, poluição, mercado de trabalho, custo de vida, habitação e limpeza urbana. Além de excelentes acessibilidades e de ter o seu próprio aeroporto, a cidade de Vigo tem excelentes oportunidades de emprego e um custo de vida baixo, assim como casas com rendas relativamente baixas. Além disso, encontra-se a sensivelmente meia hora de Portugal e a pouco mais de 1 hora do Porto. A sua localização é, sem dúvida, estratégica. A somar a todos estes fatores: a Galiza tem praias fantásticas e uma gastronomia com marisco, peixe fresco e o famoso polvo à galega.
E quais são as principais regiões da Espanha?
O primeiro nível de divisão territorial em Espanha é o que a divide em regiões ou, mais concretamente, em Comunidades Autónomas. São 17 as comunidades autónomas espanholas: Andaluzia, Catalunha, Comunidade de Madrid, Comunidade Valenciana, Galiza, Castela e Leão, País Basco, Canárias, Castilla-La Mancha, Região de Múrcia, Aragão, Estremadura, Principado de Astúrias, Baleares, Navarra, Cantábria, La Rioja.
Entre elas, destacamos as seguintes:
Andaluzia: localizada no sul de Espanha, Andaluzia é uma região bastante quente, dotada de praias fantásticas e de uma cultura reconhecida em toda a Europa. Entre o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico, a região é muito procurada no verão, principalmente as regiões de Málaga e Almería, que dispõem de praias invejáveis. Porém, é impossível falar da região da Andaluzia sem pensar imediatamente na sua capital: Sevilha. O patrimônio histórico desta cidade, nomeadamente no que respeita às igrejas, edifícios e praças (tem na “Plaza de España” a mais famosa da cidade), tornam-na numa cidade de beleza e história indiscutíveis. Além disso, uma das maiores referências culturais espanholas encontra, aqui, a sua sede: o Flamenco.
Córdoba e Granada são também cidades históricas localizadas na região de Andaluzia que vale a pena visitar e que podem ser excelentes escolhas para morar em Espanha.
Catalunha: A capital da região da Catalunha, Barcelona, faz com que a cidade e a comunidade sejam indissociáveis, já que é um dos destinos mais procurados de Espanha e da Europa. Mas a região em causa é composta por mais três províncias: Girona, Tarragona e Lérida. Nesta região, muito por conta de Barcelona, poderá encontrar praias (com destaque para, por exemplo, a zona de “La Barceloneta”), montanha, grandes cidades e um património histórico e arquitetónico famoso em todo o mundo: é nesta região, nomeadamente em Barcelona, que se localizam a Sagrada Família, o Parque Güell e as casas Batló e Milà.
Mas também em Lleida podemos encontrar muita história: numa região que acolheu diversas culturas ao longo do tempo, poderá ser muito interessante visitar as suas igrejas e os seus achados arqueológicos. Para tal, é recomendada a visita ao Museu Arqueológico da cidade e à Catedral Velha de Lleida.
A gastronomia é igualmente muito rica na zona da Catalunha, sendo possível destacar-se a “Escalivada”, os “Calçots” e o “Pa amb tomàquet”. A região, formada por exatos 948 municípios, vem reivindicando, há vários anos, a sua independência, pelo que existe uma identidade muito própria. Encontrará muita gente nativa a falar o catalão (falam, também, o castelhano).
Na área metropolitana de Barcelona vivem, atualmente, cerca de 3,3 milhões de pessoas.
Comunidade de Madrid: esta comunidade autónoma resume-se, unicamente, à província de Madrid, por ser esta muito extensa. Situada no centro do país e composta por 179 municípios (entre os quais Getafe, Leganés e Alcorcón), a província de Madrid encontra na cidade que dá o nome à província e que é a capital de Espanha, o seu ex-líbris: na cidade respira-se a cultura e tradições espanholas ao longo de todo o ano, embora no verão a cidade reduza em muito o número de habitantes, já que estes costumam procurar destinos de praia. Na capital espanhola, não deixe de visitar os museus Reina Sofia, o Museu Nacional do Prado e o Thyen-Bornesmiza, assim como de passear no Parque del Retiro e de comer um “cocido madrileño”.
A área metropolitana de Madrid é a mais populosa de Espanha e uma das mais populosas da Europa: conta com 7,2 milhões de habitantes, e confirma a tendência que indica que a maior parte da população espanhola se localiza nas maiores cidades do país.
Comunidade Valenciana: esta região, com cerca de 23.000km2, localiza-se no leste de Espanha e a cerca de 350km de Barcelona. Tem como sua capital Valência e oferece um clima mais ameno, e cerca de 500km de litoral. A Comunidade Valenciana, que é constituída não só pela província de Valência, mas também pelas de Alicante e Castellón, embora seja muito turística e com uma população total de cerca de 5 milhões de pessoas, não terá preços tão elevados como Madrid e Barcelona. Aqui, encontrará praias fantásticas, festas locais, e um ambiente muito dinâmico e positivo. A cidade de Valência é, ainda, conhecida como a cidade das flores, pelo que os jardins da cidade prometem também encantar quem passear pela mesma.
Nesta região, e principalmente em Valência, o património arquitetónico é riquíssimo, sendo possível admirar inúmeros edifícios construídos, nomeadamente, nos estilos gótico e barroco.
Não deve deixar de provar a famosa “Paella Valenciana” e a “Orxata”, uma bebida local típica.
O símbolo da cidade de Valência é um morcego, também presente no brasão da equipa da cidade, o Valência FC.
Galiza: A região da Galiza, composta por 4 províncias (Lugo, Corunha, Ourense e Pontevedra), é famosa pelo marisco, pelos pinchos, pelos peregrinos que terminam o seu caminho em Santiago de Compostela (capital da comunidade autónoma da Galiza), pelas praias e pela cidade de Vigo, uma das cidades com mais qualidade de vida na Espanha. São, de facto, milhares de peregrinos que chegam, dos mais variados pontos da Europa e do Mundo, a Santiago de Compostela, diariamente. E o Caminho revela-se mesmo crucial para a economia da região, gerando milhões de euros anuais. No trajeto, nada melhor do que provar a famosa gastronomia galega, como o marisco, a tortilha, as tapas ou o conhecido polvo à galega (“pulpo à galega”). As praias da Galiza são, também, paradisíacas. O baixo custo de vida, a saborosa gastronomia, a tranquilidade, segurança e as excelentes acessibilidades, nomeadamente com a existência de 2 aeroportos (em Vigo e Santiago de Compostela), tornam a região da Galiza, e principalmente a de Vigo, numa das localidades com maior qualidade de vida em toda a Espanha. Vivem, na região da Galiza, mais de 2,7 milhões de pessoas, tendo a cidade de Vigo perto de 300 mil habitantes.
Na região fala-se, por norma, o “galego”, um dos idiomas oficiais do país. No entanto, será fácil de comunicar falando o castelhano.
País Basco: localizado no extremo norte espanhol (próximo da cordilheira dos Pirinéus), é uma comunidade autónoma que preserva, até aos dias de hoje, uma identidade muito própria, assim como um idioma próprio. De facto, o “euskera”, a língua falada no país basco, é a mais antiga da Europa Ocidental. Fazem parte da Comunidade Autónoma do País Basco as províncias de Vizcaya, Álava e Guipúzcoa. A capital é Vitoria-Gasteiz, que conserva um centro histórico medieval, no qual podemos encontrar a Praça da Virgem Branca ou a Catedral de Santa Maria.
A cidade mais conhecida é, no entanto, Bilbau, com uma área metropolitana com cerca de 875 mil habitantes e pontos de interesse conhecidos, como o museu Guggenheim ou a Plaza Nueva. Esta localidade preserva tradições festivas e desportivas: a título de exemplo, para ingressar como jogador no clube mais famoso da cidade, o Athletic Club, terá que ter nascido no país basco ou ser formado como jogador nessa região. Os famosos pinchos, também típicos na Galiza, são originários desta zona.
Quais são os principais pontos turísticos da Espanha?
Espanha é um país com uma cultura riquíssima e extremamente vasta, pelo que não faltarão pontos turísticos de referência. E, diga-se, os locais de interesse do país não se resumem a Madrid e a Barcelona: embora as duas maiores cidades espanholas concentrem vários monumentos, parques e construções de visita obrigatória, por todo o país há referências muito conhecidas. Vejamos alguns dos principais pontos turísticos da Espanha:
Galiza
Catedral de Santiago: localizada na região da Galiza, mais propriamente, em Santiago de Compostela, a Catedral marca o final das peregrinações a Santiago, razão pela qual é visitada, diariamente, por milhares de pessoas oriundas de diversas partes do mundo. A construção da catedral, que é um exemplo da arquitetura românica, gótica e barroca, começou no séc. XI e tornou-se num símbolo de fé e esperança.
País Basco
Museu Guggenheim: localizado no País Basco, mais concretamente em Bilbau, este museu de arte moderna e contemporânea foi inaugurado em 1997 enquanto tal, e por conta da sua construção vanguardista e robusta (é uma escultura metálica de enorme dimensão e 3 andares), e por ser a casa de obras de artistas mundialmente conhecidos como Andy Warhol ou Yoko Ono, tornou-se num verdadeiro símbolo de Bilbau.
Madrid
Museu Nacional Reina Sofia: o edifício serviu, inicialmente, como hospital. Hoje, inaugurado como museu em 1990, guarda uma coleção de arte contemporânea, sobretudo do século XX, de valor inestimável. Neste museu encontrará fantásticas obras da autoria, nomeadamente, de Joan Miró e Salvador Dali, porém, a mais famosa e que atrai o maior número de visitantes, é mesmo a “Guernica”, de Picasso. O “Paseo del Arte”, de Madrid, inclui também os museus do Prado e o Thyssen-Bornemisza, que também valem, sem dúvida, a visita.
Parque do Retiro: inicialmente de uso exclusivo da família real espanhola, o famoso parque madrileño, com mais de 120 hectares, foi aberto ao público na segunda metade do séc. XIX. Este parque, visitado por residentes e turistas e onde é possível praticar desporto, encontrar atividades culturais ou de lazer ou apenas descontrair, integra a “Paisagem das Artes e das Ciências”, declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 2021.
Barcelona
La Sagrada Família: o principal ponto turístico de Barcelona, que atrai milhões de pessoas anualmente (4,7 milhões de visitantes em 2023), é uma obra projetada por Antoni Gaudí, que teve o seu início em 1882 e ainda não se encontra finalizada (o ano previsto para a sua conclusão é o de 2033). A obra, representativa do modernismo catalão, é famosa pela sua arquitetura gótica e art noveau. Foi, em 1984, declarada Patrimônio Mundial da Unesco.
Parque Güell: uma das obras mais emblemáticas do modernismo arquitetónico de Gaudí foi, inicialmente concebido, em 1914, como um projeto residencial para a elite catalã. O empreendimento não se desenvolveu por conta das dificuldades de acesso. Hoje, as formas e singularidade dos seus mosaicos, fazem dele um verdadeiro tesouro público, visitado por milhões de pessoas anualmente. Os herdeiros de Eusebi Güell doaram, em 1918, o espaço à cidade de Barcelona. Em 1984, viria a tornar-se Patrimônio Mundial pela Unesco.
Sevilha
Plaza de Espanha: com aproximadamente 50 mil metros quadrados, esta é a Plaza de Espanha mais famosa do país (também existe uma em Barcelona, Madrid, Zaragoza, entre outras). Construída em 1929 para a exposição Ibero-Americana, tem a forma de um semicírculo, que representa um abraço entre Espanha e as antigas colónias americanas. Além disso, as suas 4 pequenas pontes que cruzam o canal na praça, representam os quatro antigos reinos de Espanha (Castilla, Léon, Aragón e Navarra). Na praça, estão ainda presentes 40 bustos que homenageiam diferentes personalidades espanholas. Esta praça está muito ligada à identidade de Sevilha e da própria Espanha.
Catedral de Sevilha + La Giralda: Depois de cerca de um século no qual decorreu a sua construção, a Catedral de Sevilha abriu pela primeira vez ao público no século XVI. Nos séculos posteriores, foram sempre sendo acrescentados elementos, tais como novas obras de arte, novas capelas, altares, sepulturas régias, entre outros. Hoje é uma referência, sendo uma das maiores igrejas cristãs do mundo, que conjuga história, cultura, religião e arte (incorpora as áreas gótica, renascentista, barroca e neoclássica de arte na Europa). Além da Catedral, é possível apreciar uma das melhores, senão a melhor vista sobre a cidade de Sevilha na Giralda, de onde os sinos tocam. Se visitar Sevilha, tem nesta catedral uma paragem obrigatória.
Valência
Cidade das Artes e das Ciências: da autoria do arquiteto Santiago Calatrava, a Cidade das Artes e das Ciências foi inaugurada em 1998 para, desde aí, se tornar num ponto de paragem obrigatório e num símbolo de inovação. Ao longo de 10km poderá desfrutar da natureza, ciência e cultura, que o complexo oferece. Além disso, e mais concretamente, depois de entrar pelo L’Umbracle (a porta de entrada para a Cidade das Artes e das Ciências, com 7000m2 e mais de 100 arcos) poderá visitar o Hemisfèric (com cinema IMAX e 3D), o “Palau Les Arts”, onde poderá assistir a ópera, o “Oceanogràfic” (maior aquário da Europa), e o “Museu de les Ciències” (um centro de arte interativa e planetário) e a Àgora, na qual se localiza o centro cultural do “La Caixa”. É um espaço de conhecimento e lazer imperdível.
Mercado Central de Valência: falamos de um dos mercados mais antigos da Europa, que já o era (embora o edifício não fosse ainda como hoje), em 1839. No coração da cidade de Valência é, também, desde 1928, uma referência da construção modernista da época. Visitar este mercado, é entrar numa experiência na qual imperam os sabores, cores e aromas. Os seus azulejos e vitrais tornam-no num local muito vistoso.
Segóvia
Aqueduto de Segóvia: este aqueduto é, sem margem para dúvidas, umas das obras mais marcantes e bem preservadas, da época romana em Espanha. Construído entre os séculos I e II, este aqueduto composto por 120 colunas, numa extensão de 15 quilómetros, serviu como condutor de água até à cidade de Segóvia. Em 1985, foi considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Granada
La Alhambra: O Palácio de Alhambra, também conhecido como Fortaleza Vermelha ou Castelo Vermelho, foi construído entre os séculos XIII e XIV pela última dinastia muçulmana que ocupou a região. Foi construído sobre ruínas romanas e é um requintado palácio de arquitetura mourisca que permaneceu mesmo depois da cidade ser retomada pelos reis católicos. Foi construído com o objetivo de se assemelhar a um paraíso na terra e, antigamente, as pessoas das várias classes sociais que viviam no palácio, tinham passagens distintas, para não se cruzarem.
Dados gerais da Espanha na economia
Para planear a sua mudança para Espanha, seja com o objetivo de estudar ou trabalhar, seja para investir, é crucial ter, pelo menos, um breve conhecimento dos dados (de uma forma geral) da economia espanhola.
O salário mínimo na Espanha, em 2024, é de 1134€. No entanto, é mais realista fazer a média de vencimento mensal, já que em Espanha um trabalhador recebe 14 meses (contando subsídios de férias), e não apenas 12. Um cidadão que receba o salário mínimo terá, portanto, em média, um vencimento mensal de 1323€.
Relativamente ao PIB espanhol, que consubstancia um importante indicador económico do país, foi de 1.461.889 M€ em 2023, prevendo a Comissão Europeia (em fevereiro de 2024), que o mesmo crescerá cerca de 1,7% em 2024 (acompanhado de um abrandamento da inflação), depois de um crescimento de 2,5% no último ano. Este crescimento que se reporta ao ano de 2023 deveu-se, sobretudo, à procura interna (consumo e investimento), que representa uma contribuição de 1,7% do crescimento indicado, enquanto a procura externa contribuiu com 0,8% para o mesmo.
Principais setores econômicos:
No que concerne aos setores com maior impacto económico em Espanha, deve destacar-se o setor terciário, como o que mais contribui para o PIB nacional e para a empregabilidade no país. De facto, o setor que abrange, essencialmente, os serviços e o comércio (nomeadamente a hotelaria e a restauração, mas não só), contribui com cerca de 68% do PIB nacional e emprega 76% da população ativa. Parte importante nestes dados e, consequentemente, na economia do país, é o turismo (a principal fonte de rendimento em Espanha), tendo contribuído, segundo dados do ano de 2022, com 11,7% do PIB e empregando 12,2% do número total de contribuintes em Espanha. Ao longo do ano de 2022, a Espanha recebeu 71,6 milhões de visitantes de todo o mundo.
A indústria desempenha, também, uma parte considerável do PIB nacional, representando cerca de 20,8% do PIB espanhol e empregando cerca de 20% da população ativa. Dentro do setor industrial, destaca-se, sem dúvida, a indústria automóvel, uma vez que a Espanha é o segundo maior fabricante de automóveis em toda a Europa e exporta sensivelmente 60% da produção. Além disso, tem também importância na produção nacional a indústria têxtil, alimentar, de ferro e aço, de máquinas navais e engenharia. A produção de componentes eletrónicos, as telecomunicações e a tecnologia da informação e o setor das energias renováveis, estão a crescer rapidamente e tem, ainda, um enorme potencial de crescimento.
A agricultura representa, apenas, cerca de 2,4% do PIB nacional e 4% do emprego total no país.
Emprego em Espanha
Naturalmente que o setor terciário, sendo o setor que mais gera riqueza no país, será também o que terá mais oferta de empregos. Assim, a área turística e os serviços relacionados com o turismo poderão oferecer boas oportunidades. Além dessa área, há também uma enorme procura de profissionais de TI, nomeadamente na área da cibersegurança. Por outro lado, as áreas da medicina e da biomedicina concentram um considerável número de ofertas de emprego no país.
Leia também: Visto de Trabalho para Espanha
O comércio internacional espanhol
Embora o comércio externo represente uma percentagem altíssima do PIB nacional (81% em 2022), o que indicia que Espanha depende muito das suas exportações, a balança comercial Espanhola é estruturalmente negativa (apesar de vir a melhorar consideravelmente e do comércio de serviços apresentar dados positivos), uma vez que o valor com as importações com combustíveis e bens de alto valor agregado (principalmente, mas não só), não é colmatado pelas exportações, essencialmente de produtos químicos (18,6% do total de exportações), bens de capital (17,5%) alimentos, bebidas e tabaco (16,5%) e veículos (11,5%).
Os principais parceiros comerciais espanhóis, foram, em 2022: França (15,7%); Alemanha (9,3%); Portugal (8%); Bélgica (5,9%) e Reino Unido (5,2%).
Turismo na Espanha
O turismo em Espanha tem sido uma área que revela um consecutivo crescimento ao longo dos últimos anos. No primeiro trimestre de 2024, o país recebeu, segundo dados do INE (Instituto Nacional de Estatística), mais de 16,1 milhões de turistas internacionais. Esse número de turistas oriundos de outros países, que visitaram Espanha nos primeiros três meses de 2024, significam um crescimento de 17,7% em relação ao mesmo período, em 2023. Além disso, os turistas em causa, gastaram, em Espanha, 21 948 milhões de euros entre janeiro e março de 2024, o que revela o impacto económico que o turismo tem no país.
No primeiro trimestre de 2024 é, ainda, de destacar a proveniência principal dos turistas que visitaram Espanha: Reino Unido (cerca de 3 milhões de turistas), Alemanha (perto de 2,1 milhões de turistas) e França (representando sensivelmente 2 milhões de visitantes) foram os países de origem que registaram o maior número de visitantes ao território espanhol. Além disso, as Ilhas Canárias representaram, no mesmo período, cerca de 27% das chegadas a Espanha.
Infraestrutura da Espanha
A infraestrutura geral de Espanha, tendo em conta uma avaliação aos setores das telecomunicações e dos transportes, revela aspetos muito positivos.
Telecomunicações
No que às telecomunicações diz respeito, a Espanha é, hoje, líder na Europa, com 31 milhões de instalações de FTTH (fibra para casa), pelo que a maioria da população terá telecomunicações de alta qualidade, nomeadamente internet de alta velocidade. Dados de 2022 indicam, ainda, que cerca de 95% da população espanhola tem acesso à internet, o que coloca o país, neste parâmetro, acima da média da União Europeia (88,85%). O país possui, também, uma vasta rede de emissoras de televisão e de rádio, tanto públicas como privadas.
Infraestruturas rodoviárias
A rede de estradas e autoestradas espanhola é bastante extensa, com um total de cerca de 150.110km. Encontra-se, neste parâmetro, em 35º lugar do mundo, sendo que esta rede rodoviária equivale a cerca de 3,14m por habitante.
Rede Aeroportuária
Há 44 aeroportos em Espanha com voos agendados. Nesta contagem, estão incluídos os aeroportos que se localizam em Espanha continental e nos arquipélagos. Os que registam maior tráfego de passageiros são os de Madrid, Barcelona, Palma de Maiorca, Málaga, Costa do Sol e Gran Canaria. Também os de Sevilha, Valência e Santiago de Compostela se situam entre os principais. Espanha tem, portanto, uma distribuição muito eficiente de aeroportos por todo o seu território, operando para praticamente todo o mundo.
Portos
Existem, em Espanha, aproximadamente 46 portos de interesse geral e que compõem a rede portuária espanhola, distribuídos entre a costa atlântica, mediterrânea e ilhas Baleares e Canárias. Os principais são: Algeciras, situado em Andaluzia (um dos mais movimentados da Europa no que respeita ao transporte de mercadorias), Valência, Barcelona (um dos principais ao nível de viagens em Cruzeiros na Europa), Bilbao, Vigo, Las Palmas e Palma (muito importante para o turismo).
Rede Ferroviária
No que respeita à rede ferroviária, Espanha fica com a 21º posição mundial. No total, são cerca de 15.489km de extensão da rede em questão, cobrindo uma grande parte do país.
Como morar na Espanha?
Pode tornar-se um residente espanhol por diversos motivos, correspondendo a cada fundamento, uma tipologia de visto necessária. Assim, se pretende morar em Espanha por um período superior a três meses, poderá mudar-se para o país para estudar, trabalhar, para ser nómada digital (trabalhando, remotamente, por exemplo para uma empresa sediada noutro país), por questões de reagrupamento familiar, para investir, ou simplesmente para gozar a sua aposentadoria (visto sem fins lucrativos), provando ter meios económicos para se sustentar. O seu pedido de visto terá diferentes exigências (nomeadamente documentais) conforme o seu tipo de pedido.
Se for brasileiro, deve ter em mente que depois de 2 anos de residência legal e contínua em Espanha, poderá solicitar o reconhecimento da nacionalidade espanhola e assim, circular livremente e usufruir de todas as vantagens não só em Espanha, como em toda a União Europeia.
Custo de vida na Espanha
O custo de vida na Espanha variará em função da cidade que escolher para residir, sendo que o principal custo que terá mensalmente, será, nos grandes centros urbanos e se arrendar casa, o valor mensal a pagar pelo arrendamento. Desta forma, numa cidade como Vigo, a percentagem do peso do arrendamento da casa em função do custo de vida total por mês, equivalerá a cerca de 23% do gasto mensal, enquanto as compras mensais com supermercado devem atingir cerca de 30% do custo de vida mensal. Já em Madrid, a confirmar o que referimos supra, o peso percentual do custo mensal com arrendamento, deverá atingir, em média, os 36%, enquanto as compras mensais com supermercado, atingem uma percentagem média de 25%. Resulta evidente, portanto, que nos maiores centros urbanos, o peso mensal com o valor do arrendamento será maior.
Por outro lado, devem, logicamente, ser considerados outros custos no apuramento do custo de vida em cada cidade espanhola: os gastos com as contas da casa, como água, luz, internet, aquecimento, entre outros (os valores a pagar não oscilam muito, de cidade para cidade), com restaurantes, desporto, roupas, transportes, saúde e educação. Considerados os diversos setores que (poderão) compor o custo de vida mensal de um indivíduo ou família, deve ressalvar-se que, o mesmo vai depender muito dos hábitos e padrão de vida de cada pessoa e família.
Transporte público na Espanha
A rede de transportes públicos espanhola revela-se extremamente satisfatória, seja para residentes, seja para turistas. A eficiência dos transportes públicos espanhóis (que cobrem praticamente a totalidade do território), a qualidade dos veículos, os preços acessíveis e a organização são, sem dúvida, os fatores que tornam a combinação dos transportes públicos espanhóis, uma referência a nível europeu e mundial.
Como principais transportes públicos, encontraremos na generalidade das cidades espanholas, o tren e o ônibus. Nas cidades de maior dimensão, conseguiremos acrescentar o metrô, o ligero (metro de superfície) e até outras tipologias como, por exemplo, o cercanias renfe (em Madrid). Naturalmente que é sempre possível optar por transportes públicos mais voltados para turistas, como os ônibus turísticos, para se locomover na cidade espanhola onde se encontrar.
Na maioria das regiões de Espanha é, por isso, possível deslocar-se entre a sua casa e o seu trabalho ou faculdade utilizando, exclusivamente, os transportes públicos. Pode optar por pagar um valor mensal, ou pagar a tarifa diária, sendo que a primeira opção compensará economicamente se viajar nos transportes públicos frequentemente.
Educação na Espanha
Planear a sua mudança para Espanha é, também, saber que a educação no país é dotada de instituições e profissionais de qualidade e, se optar pelas escolas públicas, gratuita entre os 3 e os 16 anos de idade.
Assim, o percurso educacional em Espanha pode resumir-se a:
- frequência de “creches” (ou “guarderias”, como são chamadas) entre os 0 e os 3 anos de idade (opcional), sendo que os valores mensais a pagar com “creches” poderão não ser baratos;
- frequência, ainda opcional, de escolas públicas, “concertadas” (50% financiadas pelo Estado) ou privadas, entre os 3 e os 6 anos, onde as crianças terão já um horário diário na escola;
- ensino fundamental, na modalidade de educação primária, entre os 6 e os 12 anos, podendo as crianças, também nesta idade frequentar escolas públicas, concertadas ou privadas (nesta fase já estudarão matemática, o espanhol, história, informática, entre outras disciplinas);
- educação secundária obrigatória, também gratuita nas escolas públicas, entre os 12 e os 16 anos. Terminada esta fase, o aluno pode decidir fazer um curso profissionalizante ou seguir com os estudos, para o Bachillerato.
Bachillerato e Universidades Espanholas
Se a opção do aluno recair sobre a continuidade dos estudos, poderá segui-los, depois dos 16 anos, através do Bachillerato. Esta fase na educação dos estudantes espanhóis, já não é de cariz obrigatório. Dessa forma, o aluno, quando termina, aos 18 anos, recebe um diploma de conclusão e pode, nessa altura: terminar os seus estudos, seguir por uma formação profissional (financiada pelo estado e com vista a integrar de forma prática o mercado de trabalho), ou optar por ir para a Universidade.
Supondo que a decisão é a de seguir para a Universidade, saiba que em Espanha existem instituições muito conceituadas, como a Universidade de Barcelona, a Universidade Autônoma de Barcelona, a Universidade Complutense de Madrid e a Universidade Autônoma de Madrid. Embora a maioria das Universidades em Espanha sejam públicas, não são gratuitas, podendo o valor anual a pagar ir até 2000€, dependendo da instituição de ensino e do curso escolhido. Naturalmente que as Universidades privadas terão custos anuais mais elevados e que o preço também possa alterar em função do grau de ensino. Nas universidades espanholas existem os seguintes graus acadêmicos:
- Licenciatura/Graduação;
- Máster/Mestrado;
- Doutoramento;
- Pós-Doutoramento.
Saúde na Espanha
A saúde na Espanha pode dividir-se em:
Saúde pública: todos os espanhóis e cidadãos que trabalham em Espanha pagam impostos mensalmente, sendo que parte desses impostos reverterá a favor do setor da saúde do país. Assim, o sistema de saúde público será de acesso gratuito e universal, a todos os cidadãos espanhóis e residentes legais no país. A desvantagem é que poderá enfrentar uma maior demora no atendimento ou marcação de consultas ou cirurgias.
Saúde privada: embora a saúde pública espanhola seja, comprovadamente, de qualidade, não são raros os casos de pessoas que prefiram ter um atendimento mais personalizado e célere no setor privado. Para tal, poderá compensar ter seguros de saúde, com maior ou menor cobertura. Poderá contratar os seguros referidos a partir de 20€ mensais (com cobertura limitada), podendo o valor ascender a mais de 80€ mensais, para coberturas mais amplas.
A Espanha possui, hoje, uma rede considerável de hospitais, ambulatórios e centros de especialidade. O país tem vindo a ser elogiado pelos cuidados pós-operatórios, pelas suas excelentes instalações médicas e pelos seus profissionais e atuação em áreas concretas de saúde, como cirurgia ortopédica, odontologia, oftalmologia e cirurgia bariátrica. Um estudo recente, realizado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), coloca Espanha como um dos melhores sistemas públicos de saúde, situando-se mesmo no 8º lugar entre 195 países.
Qualidade de vida na Espanha
A Espanha é considerada um país com altíssima qualidade de vida, comparada nomeadamente com a Europa e o mundo. Encontra-se, inclusive, no 25º lugar no que respeita ao Índice de Desenvolvimento Humano no mundo, sendo a primeira classificada entre os países do Sul da Europa. A reconhecida qualidade de vida do país deve-se a inúmeros fatores, entre eles o clima ameno espanhol, a gastronomia, a segurança e limpeza das ruas, o nível salarial do país e o custo de vida, os serviços oferecidos e o acesso à cultura. A esperança média de vida no país é, segundo dados de 2023, a mais alta da União Europeia, com uma média de 84 anos de esperança de média de vida à nascença, situando-se, no caso dos homens nos 81 anos, e das mulheres, nos 86 anos.
Lazer e futebol na Espanha
Espanha e o futebol são indissociáveis: os espanhóis vibram com o desporto rei no país e, diga-se, têm razões para vibrar! O futebol do país é dirigido pela Real Federação Espanhola de Futebol, que coordena as várias divisões nacionais, masculinas e femininas e as seleções nacionais, masculinas, femininas e de todos os escalões nacionais de formação. O futebol masculino divide-se em várias competições: a La Liga (primeira divisão), composta por 20 equipas, à qual se seguem a segunda divisão (La Liga 2) e as ligas semi-profissionais e não profissionais; a taça do Rei e a Supertaça Espanhola. Já no futebol feminino, as competições disputadas são a Liga F (primeira divisão) e as restantes divisões, até à Liga Regional, a Taça da Rainha e a Supertaça Feminina de futebol.
Internacionalmente, o país vem assistindo a enormes sucessos desportivos, nomeadamente do Real Madrid, na Liga dos Campeões Europeus (conquistou muito recentemente a edição de 2024), e da Seleção Espanhola, com títulos europeus e mundiais este século.
Os espanhóis assistem, muitas das vezes, aos jogos nos cafés e restaurantes, criando um ambiente diferente, no qual petiscam, tomam algumas bebidas e convivem nos dias de jogos importantes.
Segurança na Espanha
O Global Peace Index (2023) coloca a Espanha, atualmente, como o 32º país mais seguro do mundo. Essa classificação, que utiliza cerca de 23 indicadores (qualitativos e quantitativos), permite considerar o país como seguro, embora longe do 7º posto, conseguido pelo país vizinho, Portugal. Assim, de uma forma geral, poderá percorrer as ruas de forma tranquila em Espanha, tal como os parques públicos, visto que a criminalidade é bastante baixa. As crianças vão para a escola e regressam a casa de transporte público, sem qualquer problema. Nas grandes cidades, como Barcelona e Madrid deve, no entanto, prestar atenção aos carteiristas.
Alugar apartamento ou casa na Espanha
Arrendar um apartamento em Espanha não se deverá afigurar uma tarefa muito complicada, sempre e quando consiga comprovar a sua identidade e os seus rendimentos. Se não trabalhar em Espanha, pode suceder que lhe solicitem um seguro contra inadimplência (nomeadamente a brasileiros que não trabalhem em Espanha). Além disso, naturalmente que os preços vão variar muito em função da cidade do imóvel, da área dentro da própria cidade e das características do imóvel.
Onde procurar casa?
O mais fácil será procurar casa online, em sites ou apps próprias para o efeito, nomeadamente no Idealista ou Fotocasa. As páginas ou sites de imobiliárias a funcionar na sua zona, nomeadamente a Remax, IAD ou outras. podem também dar uma resposta eficiente e ajudá-lo a encontrar a casa que procura. Também as redes sociais, hoje em dia, podem ser um auxílio importante. Por outro lado, pode optar por percorrer as ruas da cidade e tentar contactar diretamente os senhorios, através dos contactos que, normalmente, deixam nas casas disponíveis para arrendamento ou venda.
Quanto custa arrendar uma casa?
Como referimos, o valor mensal com o arrendamento de uma casa vai variar decisivamente consoante a cidade que escolher para residir, a localização do imóvel se considerada a própria cidade (mais central ou mais na periferia de um determinado centro urbano) e com as características do imóvel. Dessa forma, a título de exemplo, se no centro de Barcelona um apartamento com 1 quarto terá um valor médio mensal de renda de cerca de 1250€, fora do centro o preço médio para a mesma tipologia de apartamento, rondará os 960€ mensais. Por outro lado, na cidade de Vigo, o arrendamento de um apartamento com um quarto custará, em média, 670€ por mês, enquanto fora do centro da cidade, esse valor reduzirá para cerca de 550€ mensais.
Política espanhola e sua estrutura
A Espanha, embora seja uma monarquia constitucional, é também uma democracia, pelo que a Constituição espanhola descreve o sistema político espanhol como “Monarquia Parlamentar”. Assim, o primeiro-ministro, atualmente Pedro Sánchez, é o chefe de governo, enquanto o monarca, Filipe VI, é o chefe de Estado.
A nomeação do Presidente do Governo do Reino de Espanha, ou Primeiro-Ministro tem como base as eleições parlamentares e, portanto, o mandato terá igualmente a duração de 4 anos. Por outro lado, depende, este cargo, de nomeação pelo Rei de Espanha e de aprovação do parlamento. O último, é atualmente formado por 350 deputados das diferentes cores políticas espanholas.
Como funciona o sistema judiciário espanhol?
No que concerne ao sistema judiciário espanhol, o conjunto de Julgados e Tribunais do país, têm a função de administrar a justiça em nome do Rei. O órgão jurisdicional máximo é o Supremo Tribunal de Espanha, exceto em questões constitucionais, para as quais o órgão jurisdicional competente é o Tribunal Constitucional. Além destes dois tribunais, há outros, hierarquicamente inferiores, mas todos independentes entre si: os tribunais de primeira instância, que podem ser especializados, nomeadamente Direito Civil, Penal, Administrativo, Trabalho, e Militar; os tribunais provinciais; os tribunais superiores de justiça; e a Audiência Nacional.
A justiça espanhola, pode, no entanto, revelar-se demorada em muitas ocasiões.
Sabe tudo sobre Espanha? Está na altura de planear a sua mudança de vida!