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O que visitar em Portugal?




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O que visitar em Portugal: guia básico para seu roteiro de férias

Um país pequeno, – é possível atravessá-lo em poucas horas de carro – mas com imensa variedade de relevos, climas e atrativos, por isso é um desafio inserir tudo em um só artigo sobre o que visitar em Portugal. Sem falar que temos a parte continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Ao mesmo tempo, o país está entre os mais baratos da zona do Euro para comer ou hospedar-se, por exemplo e, claro, para nós brasileiros ainda tem a questão do idioma ser um facilitador. Isso sem falar nos altos níveis de segurança, facilidades de acesso via transporte público. Não surpreende que seja um destino cada vez mais popular. Só existe um problema: com tantos atrativos torna-se difícil definir o que visitar em Portugal em um roteiro de férias. 

Esse texto tem o intuito de ajudá-lo(a) nesse sentido! Vamos apresentar algumas opções de norte a sul, dividindo por macrorregiões e visando diferentes perfis, possibilidades gastronômicas…enfim! Arrume as malas porque vamos deixar todo mundo com vontade de viajar.

As belezas da Capital Lisboa

Vamos começar pelo básico porque possivelmente a capital portuguesa será seu ponto de partida para desbravar terras lusitanas – a maior parte dos voos saindo do Brasil aterrissa aqui ou no Porto.

Há muito, muito mesmo o que fazer em Lisboa. Não é possível definir o que visitar em Portugal sem incluir ao menos os passeios mais emblemáticos pela capital portuguesa. 

O Bairro de Belém é mesmo imperdível e a Torre de 35 metros de altura que leva o nome dessa região é parada obrigatória. Este monumento foi construído entre os anos de 1514 e 1519 com o propósito principal de defender Lisboa de possíveis invasões a partir do Rio Tejo. É Monumento Nacional e Patrimônio Mundial declarado pela UNESCO. Todas as informações sobre horários de visitação e bilheteria podem ser encontradas neste link. Mesmo que você não pretenda entrar na Torre de Belém, vale uma passagem para apreciar a belíssima arquitetura e a impressionante vista do rio.

Além disso, no entorno também há muito o que fazer. Bem em frente à Torre fica o Mosteiro dos Jerónimos, outro importante ponto para figurar na sua lista do que visitar em Portugal – mais um edifício considerado Patrimônio Mundial. A construção começou em 1501 e durou mais de 100 anos e, assim sendo, carrega o estilo de diferentes épocas e arquitetos. A grandiosidade realmente impressiona. Ali ficam as tumbas de personalidades como o rei D. Manuel I, o navegador Vasco da Gama e os poetas Luís de Camões e Fernando Pessoa. Informações sobre bilheteria e horários você também encontra aqui.

Ali pertinho fica ainda o monumento Padrão dos Descobrimentos, com 56 metros de altura. O modo como vemos hoje foi inaugurado em 1960 ainda que tenha começado a ser desenvolvido em 1940. Representa uma caravela levando à proa o Infante D. Henrique e alguns dos protagonistas (32 no total) da expansão ultramarina e da cultura da época, dentre navegadores, cartógrafos, guerreiros, colonizadores, evangelizadores, cronistas e artistas. Neste site , é possível identificar cada uma das figuras. No acesso ao monumento fica ainda a Rosa Dos Ventos que mostra toda a cronologia da expansão marítima portuguesa – claro, com a presença do Brasil.

Depois de tudo isso, permita-se uma paradinha para provar os verdadeiros Pastéis de Belém, na Rua de Belém, nº 84 (só não se assuste com as filas para ser atendido em alguns horários!).

Chegar e sair de Belém é muito fácil, seja de carro ou transporte público. Por exemplo, se você gosta de museus nessa região vai encontrar MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, e o Museu dos Coches. Na frente desse segundo é possível pegar o elétrico nº 15 e seguir até o Cais do Sodré. O passeio de bonde por si só já é uma delícia.

A dica é descer junto ao Mercado da Ribeira, depois caminhar pela Praça do Comércio e, quem sabe, conhecer o centro da cidade de Tuk-Tuk. É uma das opções para ir até o Bairro da Alfama, a Sé, o Castelo de São Jorge…tudo em pouco tempo. 

Visitar o bairro do Chiado, conhecer a Livraria Bertrand e tomar um café no “A Brasileira” são outras opções bem turísticas. Outra dica é pesquisar sobre os miradouros de Lisboa. São muitos e com vistas incríveis. 

Atravessar o Tejo de barco e ter uma vista privilegiada da capital portuguesa a partir de Almada é outro passeio delicioso. Dali é possível estender para a Costa da Caparica e pegar uma praia.

O que visitar em Portugal? Praias e Palácios

Falando em litoral, Cascais é outro destino para quem gosta de mar e belas paisagens – e que fica poucos minutos distante de Lisboa – de trem são aproximadamente 40 minutos desde o centro. Os comboios da Linha Cascais partem diariamente (em média a cada 15 minutos) da Estação Cais do Sodré.

Se preferir ir direto ao centrinho de Cascais é só descer na Estação Cascais, a última do percurso. Caso deseje uma vista de algumas das praias da região, desembarque na Estação Monte Estoril e faça o percurso até Cascais a pé, por uma calçada junto à orla, o chamado Paredão. O agradável passeio oferece uma sequência de praias: Praia das Moitas, Piscina Oceânica Alberto Romano, Praia da Duquesa, Praia da Conceição e Praia da Rainha.

Lembrando que também é possível conhecer as praias de Estoril e, para isso, é só descer na Estação São João do Estoril.

Para além das areias – sem esquecer das demais praias, como a do Guincho – vale uma passada pelo charmoso centrinho, visitar os museus e, claro, a incrível Boca do Inferno: uma espécie de caverna à beira-mar de onde a vista é encantadora.

Ir ao Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa continental, também é um passeio que vale a pena. É possível chegar até lá de carro, Uber ou um ônibus que sai da rodoviária de Cascais. Se puder, aproveite também para uma parada em Azenhas do Mar: o visual é fascinante.

Quem vai a Cascais costuma aproveitar para estender também até Sintra (existem vários passeios saindo de Lisboa que combinam essas duas localidades até mesmo em um dia). Além das áreas verdes no entorno, os parques e palácios são ótimas pedidas. 

Vamos destacar o Palácio Nacional da Pena e a Quinta da Regaleira. O primeiro, foi construído onde antes havia um mosteiro que ficou praticamente em ruínas com o terremoto de 1755 que atingiu Lisboa. O Palácio Nacional da Pena reúne referências arquitetônicas de influência manuelina e mourisca que produzem um surpreendente cenário “das mil e uma noites”. São cores e contrastes capazes de surpreender qualquer visitante. Clique e veja as informações de bilheteria e visitação.

É fato que Sintra foi um dos berços da arquitetura Romântica na Europa, algo que se percebe também na Quinta da Regaleira. Ela fica logo à saída do Centro Histórico e merece uma visita. O primeiro proprietário da quinta, Dr. António Augusto Carvalho Monteiro, juntamente com o arquiteto italiano Luigi Manini, construiu ali o Palácio da Regaleira, rodeado por jardins, grutas, lagos e muitas construções enigmáticas. Dentre as tantas características e espaços que chamam a atenção destacamos o Poço Iniciático: acredita-se que ele era usado em rituais de iniciação à maçonaria. É uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço. Informações para a visitação você encontra no link .

Ondas Gigantes, História e Religião

No centro de Portugal você encontra uma série de atrativos capazes de satisfazer os perfis mais variados de turistas. Por exemplo, seja você católico ou não, dar ao menos uma passada pelo Santuário de Fátima é uma proposta interessante de passeio na sua lista do que visitar em Portugal. O local foi construído onde ocorreram 5 das 6 aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos: Lúcia, Francisco e Jacinta, ocorridas em 1917 e reconhecidas em 1930.

A Basílica de Nossa Senhora do Rosário foi erigida segundo um projeto do holandês Gerardus van Krieken e continuado pelo arquiteto João Antunes. A primeira pedra foi benzida em 13 de maio de 1928 e a igreja dedicada a 7 de outubro de 1953. No ano seguinte, foi-lhe concedido o título de Basílica, pelo Papa Pio XII.

Não há custo para a entrada e você pode assistir às celebrações.

A mesma dica vale para o caso de, a caminho de Nazaré e suas famosas ondas, você querer parar em Batalha: O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha, é espetacular. A obra levou mais de 150 anos para ficar pronta e é uma das mais emblemáticas da Europa, com uma história interessante: resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota, batalha travada em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal.

Desde 1983 integra a lista de Patrimônio da Humanidade definida pela UNESCO. Todas as informações para a visita ao local estão neste link.

O que visitar em Portugal
Mosteiro da Batalha – Foto Dicas de Lisboa

Falando em história, nas proximidades ainda existem outras opções fantásticas: A vila medieval de Óbidos, com suas muralhas e o bem preservado castelo, dentre outros atrativos (vale uma visita especialmente no Natal ou no verão, quando acontece a espetacular festa “Mercado Medieval de Óbidos), e Coimbra que reserva várias atrações bastante interessantes e merece destaque pela Universidade – outro espaço que é Patrimônio Mundial, classificado pela UNESCO em 2013.

Fundada em 1290, pelo rei D. Dinis, a Universidade de Coimbra é a mais antiga universidade de língua portuguesa e uma das mais antigas do mundo. Originalmente, contava com quatro Faculdades; Teologia, Cânones, Leis e Medicina, tendo as suas instalações itinerantes entre Lisboa e Coimbra, durante três séculos – estabeleceu-se definitivamente em Coimbra no ano de 1537, durante o reinado de D. João III, instalando-se no atual Paço das Escolas em 1544.

As visitas guiadas ao Paço das Escolas são verdadeiras viagens no tempo, com a Biblioteca Joanina, o Palácio Real, a Capela de São Miguel e a Sala dos Atos Grandes. Mas existem também outros espaços, sobre os quais você pode saber mais aqui, incluindo horários de visitação e bilheteria.

Agora, se a sua praia é radical, literalmente falando, Nazaré é o destino certo. Mas, atenção: lá não tem ondas gigantes o ano todo não, é mais comum vê-las entre outubro e março. O espetáculo é visto na Praia do Norte e depende de uma série de fatores para ocorrer. Você pode consultar todas as informações e variáveis neste site.

Porém, saiba que mesmo em outras épocas vale a visita nessa cidadezinha charmosa que tem outros atrativos. Primeiro, você precisa saber que ela está dividida em três zonas bem definidas: a zona baixa junto à Praia da Nazaré, o Sítio da Nazaré (o bairro lendário no topo do penhasco), e a Pederneira, o bairro mais desconhecido da Nazaré. 

Para além do forte e do farol que chamam bastante a atenção dentre os pontos turísticos, um encanto é percorrer as ruas do Bairro dos Pescadores e ver, dentre tantas curiosidades, os pescadores vestidos de xadrez e gorro ao ombro, e as mulheres, varinas das sete saias, avental, xale e tamancos nos pés. 

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Foto Noticia por Minuto

A Veneza Portuguesa e o caminho dos Templários

Falando em praias, esse é outro ponto forte de Portugal. Ainda assim, mesmo no verão, não espere águas quentinhas – especialmente indo em direção ao norte. De qualquer modo, muitas delas apresentam outras belezas que independem da temperatura da água ou até mesmo da estação do ano.

Aveiro é um ótimo exemplo disso: a Veneza portuguesa é um charme só. O apelido tem explicação: o Centro Histórico é cortado por vários canais, pelos quais é possível navegar. Os barcos são chamados moliceiros: as pequenas e coloridas embarcações eram utilizadas na apanha do moliço, uma espécie de alga que era estendida ao sol e servia como adubo para as terras da região.  Alguns dos passeios incluem desfrutar iguarias típicas da cidade, como os famosos doces Ovos Moles de Aveiro.

Mas, é claro, o turismo não se limita a isso. As casinhas coloridas da Costa Nova, área mais praiana da cidade, representam um dos principais cartões postais. Conhecer as Salinas é outra boa pedida, assim como também programar atividades relacionadas à história e à arquitetura. Por exemplo, Aveiro é conhecida como a cidade-museu do Art Nouveau: além de um museu voltado à Arte Nova existe um percurso a pé que você pode fazer pela cidade e que é bem interessante, saiba mais nesse link.

140 km distante dali, também na região central, ainda sobre o que visitar em Portugal, encontramos Tomar – a Cidade Templária. Assim sendo, está revestida de simbologia a começar pela própria estrutura da cidade: em cruz, orientada como uma rosa-dos-ventos – quatro extremos, quatro pontos cardeais, quatro conventos, dentre os quais, destacamos o Convento de Cristo.

O que visitar em Portugal, convento de cristo
Foto BigViagem

Esse é o monumento mais emblemático é a grande razão pela qual muitos incluem na lista de o que visitar em Portugal, a cidade de Tomar. Patrimônio da Humanidade declarado pela UNESCO em 1983, o Convento dos Cavaleiros de Cristo de Tomar espelha sete séculos da história do Ocidente. Vale lembrar que a Ordem dos Templários tem início no ano de 1099 e toda a história, assim como detalhes sobre a visitação do Convento você encontra aqui.

A arquitetura cruza elementos dos estilos Românico, Gótico, Manuelino, Renascentista, Maneirista e Barroco. O Castelo de Tomar também integra o grande conjunto arquitetônico do Convento de Cristo. 

A antiga Judiaria, a Sinagoga e a Mata Nacional dos Sete Montes são mais alguns pontos de interesse, dentre vários outros. 

O que visitar em Portugal no litoral sul do país?

No Sul ficam as praias mais famosas e é realmente difícil eleger as melhores para oferecer como dica do que visitar em Portugal. Aqui no Blog temos um texto que traz ótimas dicas, mas há mesmo muito para descobrir no Algarve.

O fato é que praticamente todas as praias dessa região têm algo em comum: o mar de águas transparentes, areias brancas e belas formações rochosas no entorno. Vamos dar duas sugestões devido aos diferenciais desses pontos, não apenas a balneabilidade em si: Benagil e Algar Seco.

Em Benagil, o principal atrativo é a gruta que leva o nome da praia. É possível chegar lá de Stand Up Paddle (alugado na praia), barcos ou nadando (ainda que essa última prática seja considerada proibida). O lugar é muito bonito, a gruta tem uma espécie de “buraco” na parte superior, que confere uma aparência única em contraste do céu azul, as pedras e o mar em tons belíssimos.

Existem passeios que saem de Vilamoura, Albufeira e Portimão e que passam por Benagil, assim como também pelas grutas do Algar Seco, que fica em Carvoeiro. Esta verdadeira maravilha da natureza consiste numa série de rochas esculpidas durante muitos e muitos anos pelo vento e pela água. As piscinas naturais com uma água incrivelmente azul também são magníficas, sem falar nos buracos das rochas que lhes conferem a aparência de janelas e varandas.

Destaque para a famosa “Boneca”, uma rocha que dizem parecer com uma boneca quando vista do mar. Dez degraus abaixo encontra-se a entrada de um dos famosos túneis de Algar Seco. A vista do interior é absolutamente lindíssima, tanto que em alta temporada costuma haver fila para entrar.

Uma das maneiras de chegar ao Algar Seco é a pé, a partir do Forte de Nossa Senhora da Encarnação, na Praia do Carvoeiro. São 570 metros de passadiço que ligam o forte à zona de Algar Seco, feitos sobre falésias e com uma vista magnífica do oceano Atlântico. Aliás, caminhar é uma das maneiras mais interessantes de se conhecer o Algarve. Já ouviu falar no Percurso Pedestre dos Sete Vales Suspensos?

Esse já foi eleito como o melhor destino de caminhadas da Europa. São seis quilômetros (12 se contar ida e volta) partindo da Praia da Marinha e estendendo-se até a Praia Vale de Centeanes. O trajeto não é feito pela areia, mas pela parte superior, chamada de arriba costeira. Além do mar magnífico, as vistas das falésias, grutas e animais silvestres tornam tudo ainda mais interessante. Sem contar, claro, as várias opções de belíssimas praias para banhar-se.

Vinhos do Norte e do Sul – o que visitar em Portugal?

Falar no que visitar em Portugal sem deter-se no Porto é impossível. Mas antes de chegarmos às dicas para visitantes desta cidade, vamos às origens do produto que é um dos mais famosos de Portugal: o vinho. 

Conhecer o Douro Vinhateiro é uma experiência fascinante até mesmo para quem não é fã da bebida. Por exemplo, a N222, entre Peso da Régua e Pinhão, foi eleita em 2015 como a melhor estrada para conduzir do mundo – não pela “estrutura” e, sim, pela beleza no entorno. Só uma dica: vá no final do verão, em setembro, quando é época da vindima. As parreiras carregadas de uvas e até mesmo as atividades que envolvem a colheita tornam tudo mais bonito.

Aliás, falando em paisagem, uma das atrações é realmente subir aos mirantes (ou miradouros, como dizem em Portugal). No de Casal de Loivos pode apreciar aquela que foi considerada pela BBC como uma das paisagens mais lindas do mundo. Fazer um passeio de barco também é uma experiência inesquecível: em Pinhão, onde estão muitas das Quintas onde é possível provar Vinho do Porto e conhecer sobre o processo – além de encantar-se com o local e a gastronomia – é possível fazer passeios pelo rio a partir de 10 Euros.

Agora, se você prefere o clima da cidade, no Porto também é possível provar os maravilhosos vinhos em um ambiente incrível às margens do mesmo Douro. Passear pela Ribeira, com a vista dos barcos rabelos, ou até fazer um cruzeiro pelo rio saindo da segunda maior cidade portuguesa são ótimas pedidas. Existem diferentes empresas que fazem os trajetos, seja na região vitivinícola do Douro ou na cidade do Porto, confira no link uma das opções.

Ah, claro que atravessar a ponte Dom Luís I (pode fazer inclusive a pé) é essencial para, em Vila Nova de Gaia, conhecer uma das tantas caves de vinho do Porto. A vista do cais por si só já vale a visita, assim como acontece no Mosteiro da Serra do Pilar.

É claro que a segunda maior cidade portuguesa tem a oferecer atrativos para além da bebida de Baco. Para os apaixonados por livros e arquitetura – ou apenas por lugares bem “instagramáveis” – a Livraria Lello é destino certo. Ela existe desde 1906 e se intitula “a livraria mais bonita do mundo”. Não chega a ser exagero: o edifício onde está sediada é um dos mais emblemáticos do estilo neogótico do Porto e, por dentro, os vitrais e a emblemática escadaria merecem destaque. Com tantos atrativos, há dias em que existem longas filas para entrar, ainda que seja cobrado ingresso.

Outro passeio bem característico do Porto é subir à Torre dos Clérigos para ter uma vista diferente da cidade (do alto, claro, e bem bonita, como é possível ver aqui.

De qualquer modo, existem muitos e muitos atrativos nessa bela cidade e se você quiser um guia completo pode acessar esse texto em nosso blog que reúne as melhores dicas. 

Mas não cometa o erro de resumir os vinhos portugueses àquilo que se produz na região do Douro – e que inclui o vinho do Porto, mas vai bem além disso. Portugal tem outras regiões produtoras da bebida e que agradam os mais variados paladares: Dão, Região dos Vinhos Verdes, Beira Interior, Setúbal, Alentejo…falar de cada uma seria um prazer, mas a sugestão fica para uma adega em especial justamente pela história de concentra: a Cartuxa.

A adega da Cartuxa fica há 2km do centro de Évora, cidade que por si só já vale e muito a visita, em um edifício secular que foi a casa de repouso dos Jesuítas, que lecionaram na Universidade de Évora nos séculos XVI e XVII. São mais de 600 hectares de vinhas e ainda é possível conferir a fabricação do famoso azeite português – no processo completo, desde as oliveiras até o lagar. 

Outros exemplares de vinhos alentejanos podem ser vistos neste site que além de um mapa apresenta todas as adegas que fazem parte oficialmente da rota, assim como contatos, sugestões de enoturismo e outros detalhes bastante interessantes.

O que fazer em Portugal – as montanhas

Se você quer saber o que visitar em Portugal no inverno e quiser ver neve, o destino mais provável é a Serra da Estrela, onde está situada a Torre – ponto mais alto de Portugal Continental. Ali fica uma estação de esqui que atrai bastante gente durante os meses mais frios, ainda que, muitas vezes, a pista precise receber um pouco de neve artificial para ficar realmente praticável. É possível ter aulas desse esporte e de snowboard, ou simplesmente fazer um belo passeio de teleférico. Todos os detalhes estão disponíveis aqui.

O trajeto a partir da Covilhã é lindíssimo e o visual do Vale Glaciar do Zêzere é de tirar o fôlego. Aliás, a Serra da Estrela é linda em qualquer estação do ano e, por isso, deve figurar na sua lista de o que visitar em Portugal. Fazer um piquenique no Covão D’Ametade, conhecer o Poço do Inferno e, quem sabe, caminhar até o curioso Covão dos Conchos (uma espécie de funil que interliga lagoas situadas na altitude) são algumas das atividades que podem ser feitas sem custo algum.

A gastronomia dos restaurantes no entorno (com pratos que incluem os famosos queijos que levam o nome da região e estão entre os mais famosos do país), as termas, as excelentes opções de hospedagem (incluindo resorts), praias fluviais, e demais opções para que gosta de turismo de aventura fazem deste um destino imperdível.

A serra “vizinha”, a da Gardunha, não é tão alta, mas no seu entorno fica um dos tesouros mais “secretos” de Portugal: os pomares de cereja. Especialmente em abril, as flores fazem a paisagem ficar ainda mais bonita e existem várias atrações planejadas para que os turistas possam desfrutar desse espetáculo, desde piqueniques até passeios de balão. Claro, entre maio e junho, participar da colheita é outro delicioso atrativo – inesquecível e sobre o qual você pode conhecer mais aqui.

Por fim, não poderíamos deixar de mencionar os Passadiços do Paiva, localizados na margem esquerda do Rio Paiva, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro. São 8 quilômetros de percursos pedestres partindo das localidades de Espiunca ou Areinho e que integram o Geopark de Arouca, quase todos sobre estruturas feitas em madeira e que ficam suspensas no vale.

Como o trajeto é linear, a novidade em 2021 foi uma facilidade para os caminhantes: a existência de táxis ao fim do trajeto – tanto em uma ponta como na outra. Ainda assim, é melhor sempre confirmar se o serviço está funcionando para que não seja necessário caminhar mais 8 quilômetros de volta pelos Passadiços.

Vale lembrar que você não precisa fazer o trajeto completo para apreciar o passeio “intocado”, rodeado de paisagens de beleza ímpar, num autêntico santuário natural, junto a descidas de águas bravas, cristais de quartzo e espécies em extinção na Europa.

Sem esquecer de um detalhe importante: é no Geopark que você pode passar pela Ponte Suspensa 516 Arouca, a maior ponte pedonal suspensa do mundo: constituída por gradis e cabos de aço, tem 516 metros de vão, 1,20 metros de largura e 175 metros de altura acima do rio Paiva.

Assim como no caso dos Passadiços, os ingressos podem ser comprados online e no caso da Ponte existe um motivo a mais para isso ser feito: Está previsto um número limitado de pessoas para travessia em simultâneo. A ideia é que todos os visitantes possam aproveitar melhor o momento, tirar fotografias sem interrupções e, claro, o movimento provocado pelos passos também será mínimo. A proposta é interessante, afinal, nem todo mundo pode ficar muito confortável com um balanço excessivo tão longe do chão, não é mesmo?

Ainda poderíamos falar de muitas outras opções sobre o que visitar em Portugal: Sesimbra, Guimarães, as Charmosas Aldeias Históricas, das Aldeias de Xisto, Açores, Madeira…o tamanho territorial de Portugal é inversamente proporcional à quantidade de belezas e atrações. Deixe-se encantar por essa terra magnífica e prepare-se para desfrutar o que ela tem de melhor.

Por Carol Patatt

Jornalista e produtora de conteúdo, escolheu o interior de Portugal para fazer um mestrado em Jornalismo e dar um "pause" na vida de repórter esportiva no Rio de Janeiro - ainda que, ocasionalmente, trabalhe com futebol em terras lusitanas. Mostra a região da Serra da Estrela no canal no Youtube "saiadarotina" e também é pesquisadora via Erasmus na Universidad de La Rioja (Espanha).